Zumbis estão na moda. Então, porque não fazer uma comédia romântica adolescente com um zumbi?
Boa parte do filme é mostrada em primeira pessoa, pelo zumbi que é o personagem principal. Imagine um Zumbi que, embora esteja em estado de morto-vivo, tem total consciência do seu estado e suas limitações, embora nada possa fazer quanto a isso. Esse é o pano de fundo desta comédia romântica, em que de repente o zumbi vê uma garota e se apaixona. E este amor pode causar mudanças nele e, quem sabe, no mundo apocalíptico em que eles vivem.
A história é um pouco banal, mas é repleta de comentários engraçados, em geral quando o personagem principal reflete sobre o seu estado de zumbi. Não chega a ser hilário, mas o resultado final é um filme bem leve e divertido. A propósito, o site oficial do filme é bem caprichado e a trilha sonora é sensacional.
De repende, você é um Zumbi, que não consegue fazer nada além de grunir e andar a procura de comida. Sequer lembra o seu nome. Será que você poderia se apaixonar por uma comida humana? E será que este amor poderia te transformar em algo mais humano?
Versão faroeste do Kill Bill. Isso por si só já resume muito bem o filme, que segue a receita básica do Quentin Tarantino: muita ação, com sangue jorrando solto pela tela, quase um pastelão. A história também dá umas reviravoltas inesperadas, e com isso, ficamos pregados na cadeira do cinema, quase sem piscar e sem sequer perceber a hora passar. Algumas cenas são sensacionais e merecem se tornar antológicas, como a cena do ataque da KKK aos personagens de Jamie Foxx e Christoph Waltz.
Para este filme o Tarantino escalou um elenco de primeira: Jamie Foxx, Christoph Waltz e Leonardo DiCaprio fazem os 3 principais papéis da trama. Pelo jeito o Christoph Waltz caiu nas graças do Tarantino depois de sua excelente participação no filme Bastardos Inglórios, que lhe rendeu um Oscar de melhor ator coadjuvante. Sua participação em Django também é marcante, embora não tanto quanto nos Bastardos Inglórios.
O site oficial tem alguns recursos aparentemente legais (trailer interativo, jogo, etc), mas quando eu tentei acessar estava muito lento e pesado, e desisti. Também e uma pena que eles não permiem o compartilhamento dos trailers do filme através de blogs.
Antes de virar oficial nazista e ser perseguido por Brad Pitt, o coronel Hanz se chamava Schultz e era caçador de recompensas no velho Oeste. Nesta época ele decidiu pedir ajuda para um escravo, o Django, em troca de ajudá-lo a libertar a esposa e matar todo mundo que vê pela frente.
Não se assustem, estou tirando o atraso dos meus posts sobre o filmes que assisti no ano passado.
Refilmagem do "clássico" dos anos 90 que tinha o Arnold Schwarzenegger como ator principal, canastrão como nunca. Mas não se engane, eu não considero o filme original um "clássico" por ele ser bom... apesar de ele ter uma ou outra cena antológica e um enredo bem pensado (mas que poderia ser um pouco melhor trabalhado), o filme dos anos 90 tem efeitos especiais toscos e interpretação abaixo do desejado. Por exemplo, os carros "do futuro" parecem um Fiat 147 de papelão movido a pilha, com um "piloto automático" vergonhoso.
Mas um dos poucos momentos visionários do filme de 1990 foi exatamente quando o personagem principal do Schwarzenegger embarca em um vôo entre a Terra e Marte e, no espaçoporto, ele tem que passar por um raio-X gigante, que escaneia todo mundo que vai passando. Isso lembra os aeroportos de hoje em dia...
É impossível falar do filme de 2012 sem comparar com o filme anterior. A história é muito parecida: um "homem normal" vivendo uma vidinha simples e sem perspectivas resolve implantar uma memória artificial de uma vida de revolucionário e acaba descobrindo que é, na verdade, um líder rebelde que teve sua memória apagada. A partir deste momento, começa uma perseguição sem fim. Em ambos os filmes, há espaço para trabalhar bem esta confusão entre o mundo real e imaginário, mas nos dois casos esta oportunidade foi desperdiçada.
No filme de 90, a Terra mantinha uma colônia em Marte, que buscava melhores condições de vida e sua independência. No filme atual, a história passa em uma Terra pós-guerra quimica em que só restaram uma área mais civilizada na Inglaterra e uma colônia na Austrália. No filme de 90, o transporte entre estes dois lugares antagônicos era feito por naves espaciais, e no filme de 2012 por um mega-elevador expresso através de um túnel que cruza o centro da terra. Peraí, é isso mesmo: esqueça suas aulas de geografia na pré-escola aonde te disseram que o centro da Terra é uma espécie de massa quente e derretida sobre a qual os continentes flutuam como uma grande "casca". É tudo mentira e podemos cruzar o planeta se cavarmos um túnel que liga os dois lados!!
Enfim, o filme segue a receita de seu antecessor: uma história de ação com alguns furos e não totalmente explorada, uma visão de futuro um pouco furada, mas que serve para divertir um pouco. No filme atual, há até algumas cenas de ação bem empolgantes e o mundo futurista é bem construído... O interessante é que este é um dos poucos filmes futuristas da atualidade que não faz de conta que todas as telas e celulares serão uma simples película transparente - algo que já está bem batido desde Avatar (mas de certa forma debutou em Minority Report). Mas, talvez pela história ser conhecida, e não ter conseguido engolir o tal do elevador, não achei este filme muito sensacional.
De repende, você descobre que é um lider rebelde e a polícia começa a ir atrás de você. E sua mulher é uma agente que tenta te matar de qualquer jeito.
Mais uma das artimanhas da indústria cinematográfica que eu não entendo: o filme estreiou nos EUA em dezembro de 2012, em Portugal em 17/01/2013 e só vai estreiar no Brasil em 15 de Fevereiro.
Enfim, este filme conta uma versão da história sobre a investigação da CIA que culminou na operação secreta responsável pelo assassinato do super-hiper-mega-uber terrorista Osama Bin Laden em 2011. Aborda a tortura e interrogatório dos terroristas presos (provavelmente de forma bem mais suave do que foi na verdade), algumas linhas de investigação e o trabalho de uma persistente analista da CIA que conseguiu descobrir o esconderijo do lider terrorista.
A história é bem contada e a narrativa flui muito bem, de forma que conseguimos acompanhar e entender os principais momentos da investigação. Mas o filme é tenso do início ao fim: as tentativas de obter uma pista sobre Bin Laden e seus colaboradores mais próximos, a dificuldade de comprovar que o esconderijo realmente era usado por Bin Laden, a difícil aprovação da operação e, finalmente, a tensão durante a operação em si. Embora conheçamos o final da história (isto é, a menos que você viva em uma caverna, o Bin Laden morre no final!), a tensão é constante e a todo momento temos a impressão de que nada vai dar certo, tamanha foram as dificuldades.
Não temos como ter certeza sobre a precisão histórica do filme, afinal até hoje existe quem duvide que Osama Bin Laden foi realmente morto. E também não podemos negar que o filme é uma grande propaganda pró-americana (que, entre outras coisas, provavelmente atenuou muito a polêmica da tortura), mas de qualquer forma, o filme certamente vale a pena ser visto.
Só lamento que o site oficial não tem recursos para permitir o compartilhamento dos vídeos e das fotos do filme através de blogs.
Milésima refilmagem do musical que conta a história de um bandido arrependido e de um policial insistente durante a revolucão francesa. Mas, ao contrário da versão de 1998 com o Liam Neeson e da mini-série de 2000 com o Gérard Depardieu, esta versão da história foi filmada como um musical, e quase todos os diálogos são cantados. Ou seja: vá com o espírito preparado para assistir um mu-si-cal (digo isso pois nem todo mundo tem paciência para tanto). Ok, a principal adaptação do "Os Miseráveis", uma novela escrita por Victor Hugo no século XIX, é através de um musical (muitíssimo premiado e que já teve uma temporada no Brasil).
Mas este filme exagera na cantoria a ponto de tornar alguns momentos do filme realmente entediantes (a propósito, já aviso que eu não tenho conhecimento suficiente para avaliar a qualidade e afinação/desafinação do elenco)
Mas Os Miseráveis é um excelente filme, apesar da longa duração (que a história demanda) e da cantoria exagerada (afinal, eu já disse que é um musical, né?). A recriação da época é bem caprichada e os cenários são de tirar o fôlego. O elenco é de primeira: Wolverine, o Gladiador, a secretária do O Diabo Veste Prada, Borat e até a Bellatrix Lestrange, do Harry Porter.
Mas cá entre nós, sem querer desmerecer a Anne Hathaway, bem que poderiam ter colocado a Susan Boyle para fazer o papel da Fantine. E, já que escalaram tantos atores de primeira linha que tiveram outros grandes papéis em grandes filmes, poderiam também ter colocado o novo capitão Kirk (Chris Pine) para fazer o papel do Marius, o mocinho que se apaixona pela Cosette.
A propósito, assim como no caso do Hobbit, os produtores disponibilizaram varios vídeos sobre o filme, através de um canal no YouTube. Destaco isso pois vários filmes sequer colocam o trailler a disposição dos fãs - e raramente disponibilizam para blogueiros como eu incorporarem em seus sites.
Saco de pipoca enorme. Sem acompanhamentos (sem pipoca nem pimenta). Desta vez também pedi uma porção de Nachos com molho cheddar ;)
Opinião
A historia é meio batida (peloamordeDeus, quem não conhece Les Miserables? Precisa assistir mais a sessão da tarde...), mas o musical é imperdível para quem gosta de musical, drama e filme de época.
Empolgado pelo sucesso da trilogia O Senhor dos Anéis, Peter Jackson resolveu fazer a tão esperada filmagem do livro "O Hobbit", e apostou alto: decidiu transformar o livro em uma trilogia. Não custa lembrar que O Hobbit é um único livro, e não uma trilogia como O Senhor dos Anéis, e que a história original é menos longa e menos complexa.
Nesta história, que antecede os acontecimentos narrados no livro/filme O Senhor dos Anéis, o mago Gandalf resolve ter o seu momento de Branca de Neve e vai se juntar a 13 anões para recuperar os tesouros que foram roubados pelo dragão Smaug. Para isto, eles contarão com a ajuda do hobbit Bilbo Bolseiro - que, durante a viagem, tem a sorte (?) de encontrar o "Um Anel" ("One Ring").
Em minha opinião o filme segue a mesma receita e não deixa nada a dever ao O Senhor dos Anéis: ótima recriação da história original, com ambientação caprichada, cenários estondeantes, ótimos efeitos especiais e alguns momentos de ação de tirar o fôlego. Intencionalmente, o dragão Smaug não é muito mostrado, para criar um clímax nos próximos filmes. E a participação do Smeagol quase dá uma pontinha de saudades dele no Senhor dos Anéis.
Mesmo dividindo a história original em três filmes, O Hobbit é deliciosamente longo, e com um gostinho de "espero que o filme não acabe".
O curioso e que eu assisti este filme em um cinema em Portugal, o Dolce Vita Porto da rede Zon Lusomundo. Tudo ocorreu bem: ótimo atendimento e um pacote enorme de pipoca, até que, na metade do filme, a projeção simplesmente pára e as luzes acendem: os portugueses costumam fazer um intervalo de sete minutos no meio do filme. Ok, isto é ótimo para tirar a água do joelho, ainda mais durante um filme longo, mas a parada ocorre em um momento meio aleatório, e neste caso, foi no meio de uma cena. Felizmente não foi no meio de uma cena de ação.
Saco de pipoca enorme. Sem acompanhamentos (sem pipoca nem pimenta). O interessante e que eles entregaram pipoca doce primeiro, acho que esta é a opção default em Portugal.
Opinião
Filme imperdível para os amantes de Tolkien e para os amantes de filmes de aventura em geral.
Denzel Washington faz um excelente papel, de um piloto que consegue aterrisar seu avião quase que milagrosamente. Mas há algo de errado na história e ele enfrentará uma audiência que irá definir se ele foi um herói ou um vilão. Infelizmente não posso comentar mais pois senão tiraria a surpresa do filme (que não consta no trailer).
As cenas iniciais, da pane no avião e do acidente, são de tirar o fôlego. E o final é surpreendente.
Inexplicavelmente, o filme entrou em cartaz nos EUA em Novembro de 2012, em Portugal em Janeiro de 2013 mas só vai estreiar no Brasil em 8 de Fevereiro de 2013.
Resumo
Título em Português
O Voo (o filme só vai entrar em cartaz dia 8/02/2013, segundo o IMDb)
Denzel Washington é foda, e leva o conceito de "se beber não dirija" para um outro patamar ;)
Atores principais
Denzel Washington, o avião em pane, sua tripulação (incluindo o co-piloto medroso e crente), seus amigos que tentam ajudá-lo (cada um de sua forma) e o advogado que tenta salvar sua pele.
Excelente filme, bem tenso, emocionante e divertido nos momentos certos. Algumas cenas são impagáveis! Ainda não decidi se o personagem do Denzel Washington deveria ser preso ou não.